Não sei por quê.

Ao entardecer toma-me a melancolia,
Debato-me entre a coragem e a timidez,
Não luto contra a aflição e a desarmonia,
Custo a entender uma palavra descortês.
 
Não posso acabar com a fome e os preconceitos,
Julgo minhas mãos maculadas de desgraça,
Em todo lugar há olhos insatisfeitos,
Resisto sossegada enquanto o tempo passa.
 
Alimento meu ego, e a dor flui indiferente,
Sinto-me covarde ante a guerra que o homem faz.
Tenho ideias que teimam em ficar na mente,
De quebrar grilhões sou incapaz
 
Há dificuldade de distribuir amor,
A mentira se alastra a favor do dinheiro,
A tortura de não ter peito acolhedor
Nem esperança de um futuro alvissareiro.
 






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