Espelho

Não encontro em mim motivos de admiração.

Olho inúmeros e torpes defeitos.

Sou algoz de minha vida.

Sozinho, condição recorrente em meus dias, sou tomado de vontade nenhuma.

Reconheço provável exagero de minhas observações, porém a realidade afirma minhas convicções.

Falhei como filho, como amigo, como profissional, como ser humano.

Refletindo o tempo, amadurecimento me coloco inerte, repetindo erros.

Sobrevivo sobre insistente falta de vontade de viver.

Não quero mais pensar em mim, nem em nada; queria poder me iludir, talvez encontrar uma razão para prosseguir, para ter mais um sorriso sincero nos lábios.

Vinícius Vanir Venturini
Enviado por Vinícius Vanir Venturini em 12/06/2010
Código do texto: T2315789
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