AMARRAS!

As intempéries do sentir em meu ser já são banais.

Ah, dolorosos dias sem fim! Liberta-me deste julgo...

Deixe-me caminhar em verdes pastos.

Anseios pérfidos sufocam-me sem tréguas.

Ceifam em mim os versos cândidos,

Degustam minhas lágrimas...

Afagam meu corpo... Minhas mazelas.

Repudio-te... Oh, beijos que me açoitam!

Impassíveis lábios com gosto de fel.

És perverso... Regozija-se ao ouvir meus “ais”?

És senhor deste castelo...

Ou é somente o meu sofrer que te apraz?