OCULTO

Uma máscara sem expressão

Usada pelo sofredor interior

Para esconder um passado

Onde tudo se resume em dor

Um cano que atravessa o presente

E chega ao retro vivido

Encontra velhos sonhos

Desfalecidos no relente do esquecimento

Ao justo o que é dele

A mim, o meu resto

Estou falido de boas emoções

Uma riqueza que não pude guardar

Agora, rastejo diante de teus pés

À espera de tuas migalhas

Por mais que não sáibas

Estou camuflado ao chão

Com minhas vestes sujas

Meu mimetismo egoísta

Minha luta pelo passado

Vejo meu distúrbio com repúdio

Aqueles dias foram bons

Mas não fui sincero comigo

Aos poucos eu me traí

E tirei de mim a razão

Perdi meu chão

Destruí minha vida.

Os suicídios perduram...

Até quando?

Daniel Erbon
Enviado por Daniel Erbon em 17/06/2010
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