Despertar da apatia

O vento não corre entre as folhas,
Não escuto o canto dos pássaros.
A natureza? Sem escolhas.
A água parou inerte, apática.
 
Assola minha alma este frio,
Toca-me sem explicação
E agiganta-se este vazio.
Noto a lua nesta aflição.
 
Desperto de minha indolência.
Só o silêncio ao redor de mim.
Inabalável impotência.
Nem há aroma do jardim.
 
À noite recito baixinho,
Entre lágrimas, o poema
Que acompanhou nosso caminho,
Quando a exultação era extrema.
 






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Imagem: Google