Banquete de despedida

São quatro horas da tarde

O Sol começa esmaecer

E quando o Sol se esconder

Eu sei, vai doer...

Como arde em cada fim do dia

A tristeza não perdoa...

Amiga fiel não desiste... insiste,

Pensei já havíamos nos despedido

E ainda não partiste...

Enquanto não me toma por inteiro

Não te satisfazes...

A minha dor te compraz

Ah, companheira maldita

Por que te aprazem minhas dores,

Meus desamores... minhas saudades...

Por que te regozijas a sorver minhas lágrimas

Uma taça, outra taça e meia...

Infeliz, audaz... por que nunca te satisfazes?

Então, pacientemente, aguardes... logo mais

Quando por fim escurecer...

Vou servir-te um banquete

De incontáveis taças...

Creias, ainda há muitas

Hás de saciar tua sede contumaz

Pelo que sinto ainda há muitas... e muitas lágrimas

Para saciares enfim, tua sede voraz e

Em habitual banquete, outra vez rejubilar-te

Mas por favor, depois,

Imploro que partas...

Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 21/06/2010
Reeditado em 21/06/2010
Código do texto: T2333104
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