AMADAS, ODIADAS, ELIMINADAS

Neste mundo cão em que vivemos

Em que a vida não vale mais nada

Ainda será possível amar?

Ainda é possível, sabemos.

A mulher deseja ser amada

E o desejo do homem é amar.

Mas é traiçoeiro o coração

E que engana o ser humano

E vai criar outros sentimentos.

Homem, mulher nesses caminhos vão

Amor em ódio se transformando

E o amar passará maus momentos.

Momentos de ciúme, despeito,

Ódio, ira que cegam a vista

E que deitam o amor a perder.

Quem sofre muito neste respeito?

Não precisa fazer uma lista.

Sofredora é sempre a mulher.

Homem se arvorando em dominador

Mostra sua violência e poder

Esquece que da mulher procedeu

Esquece que dela recebeu amor

Esquece que esse delicado ser

Foi sua mãe e mãe do filho seu.

YOLANDA, ELIZA, MERCIA,

E tantas outras assassinadas

Pelo ser que um dia amaram.

Sofreram malvadezas, covardia,

Ódio, humilhações, desprezadas,

E por fim as assassinaram.

“YOLANDAS”, “MÉRCIAS”, “ELIZAS”

Cujas vidas foram tiradas,

Cujas vidas foram perdidas,

Por nós jamais serão esquecidas!

Victor Alexandre

Nota: Esta poesia foi composta em homenagem

a todas as “YOLANDAS”, “MÉRCIAS”, “ELIZAS”

que são barbaramente assassinadas pelo homem

diariamente neste país.