Poeta de rua.

Tem seus passos fora do compasso,

Pois a rua tortuosa inflama seus tendões,

Ladeira por ladeira ele tomba,

Levanta sozinho, pois não precisa de aplausos,

Sua roupa surrada e suja veste seus pudores,

Pois seu corpo marcado é a resposta à sua guerra diária,

Tristonho poeta das ruas, de esmola em esmola constrói seus sonetos,

E quando a noite traz o frio, seu cobertor de estrelas aquece su’alma...

Não há lágrimas em seus olhos secos e sem brilho,

Sua historia pouco importa,

As pessoas absortas em seu próprio egoísmo “doam” seus centavos com a esperança de chegar aos “céus”,

Um copo de cachaça o seu almoço,

Um pouco de tristeza em sua alma,

Mas o poeta das ruas se levanta,

Pois ele não precisa de aplausos.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 13/09/2006
Reeditado em 21/10/2006
Código do texto: T239404