Sem Teto.

Não bastasse a minha tristeza

Junto a minha amargura,

Ao ver tantas criaturas

Viverem com tanta miséria.

Enquanto omisso ao problema,

Eu Sinto-me num dilema

Com o sofrimento dessa gente.

Ao ver crianças doentes

Com um gemido infantil,

Entre eles um homem senil

Que ver a desgraça de frente

Passa fome diariamente

E sem ter para aonde ir,

Todo o grupo se desloca

E à sombra de uma àrvore

Deitam-se ali no relento

Açoitam-lhes a chuva e o vento

Com o rigor da natureza,

E olhando o céu com tristeza

Se vêem sem um futuro,

Com um destino obscuro

Ver-se lágrimas no rosto

E agora sentado no chão,

Mesmo triste olha para os seus

E num gesto de gratidão

A vida, agradece-a a Deus.