O CANTO DA SEREIA

O CANTO DA SEREIA

Hoje a lua desenha lá no cais

a silhueta comprida da pedra vazia,

na falta da menina linda e querida

que antes enfeitava aquele lugar.

Eu fico na companhia das estrelas,

ouvindo o som do meu coração

enamorado, entristecido e solitário

e o assovio lamentoso e frio do vento.

As imagens do amor desfilando

num cenário pintado tão bonito

pelo cineminha da minha cabeça,

alimentam o sofrimento

que irriga os meus olhos

por almejar tanto e tanto

quem, como uma sereia,

me conquistou pela beleza

e me seduziu com o seu canto.