O triste.

Ando num caminho

de mato baixinho,

procuro dar os meus passos

um atrás do outro,

ocupando o menor espaço

com os meus pés descalços.

Estou muito triste

e sem vontade,

não quero contar o tempo,

já me fiz horas perdidas,

ninguém me espera

onde não sei se vou chegar.

O tempo esta turvo,

o vento bate nas costas,

sinto arrepios,

mas, acho que caminho

para o fim,

é mesmo assim.

Sozinho vejo a vastidão solitária,

nem segredos,

nem pássaros

e nem borboletas.

Então chego sem ter percebido,

um café me é servido

e fecho os olhos

cansados de sonhar.

Condor Azul
Enviado por Condor Azul em 16/09/2006
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