( *!*) Como navalha na carne
Como navalha na carne
Sangue jorrando lentamente
Alma negra em luto
Desfalece o poeta
Entre linhas mal escritas
Não acabados versos
Riscos e rabiscos
Em folhas soltas
Tempo com memória
Assim termina a historia
Como navalha na carne
Penetrando na sua veia
A dor já sem sentir
Não se fala de amor
Mas só da dor
Que desvalerá no peito
Sussurros lamentos
Onde esta a alma do poeta!
Que falava de amor
Se escondeu no lamento?
Como navalha na carne
Que fez grande corte
Com cuidado
Tirando lentamente
Fazendo curativo
Tratando com carinho
Transforma-se como lagarto em borboleta
Como na flor não se sente só espinhos
Mas o perfume que fica nela
Assim escreve o poeta entre linhas
Como navalha na carne
Não há só poesia de amor
Mas de lamento e dor