Vestindo a máscara que me pertence

Pedem-me que sorria,

Questionam-me: por que?

Na verdade ninguém se importa

Ninguém quer realmente saber.

Querem apenas o que sempre tiveram:

Sorrisos de satisfação.

Não podem compreender

O que aflige, o que atormenta

Sequer fazem idéia

Dos inúmeros pensamentos

Que cravejam a mente

A alma, que adoecem o coração.

Bradam, querem de volta

Custe o que custar!

Com palavras que nada inspiram

Ferem com mais culpa

Esse coração sacrificado.

Culpa ...que tanto martiriza,

Que tanto devora... a carne,

Os sonhos...o futuro.

E desse modo sigo sorrindo

E fingindo que está tudo bem,

Pois só assim todos estão em paz

Exceto minha alma infeliz.