Raiz de terra seca.

Me sinto como raiz de terra seca, cacos de vidro, retalhos...

As vezes sem sentir o vento, calor e a brisa antestesiado a alma...

Desatento ao cantar dos pássaros, leigo na razão meio tonto...

A solicitude está aquem de minhas forças, meu físico impotente...

Distante de todos, cercado por muitos, solitario num palco, nu...

Tremulo sem o medo, atonito pela verdade, tristonho mãos ao queixo...

Sedento feito a corsa pela corrente das aguas, faminto por um abraço, opaco...

Olhos ao teto deitado, mente ligada no espaço foi o que restou sem ver o brilho das estrelas ao seu lado...

Sigo sem me mover, impotente cansado, exausto solidão estacionou...

Caminho de um dia parecendo de uma eternidade a poeira baixou

e os rastos marcou solitário de onde vim, para onde vou?

Edimar Ferreira
Enviado por Edimar Ferreira em 10/08/2010
Reeditado em 16/11/2010
Código do texto: T2430388