PARA UMA MULHER

Deixo-te estas linhas pela candura,

Eterna dos olhos que ri e chora num sonho,

Terno, pra sua alma consoladora,

Linhas do âmago dessa dor aniquiladora.

Por que! A hedionda quimera persegue-me!

Sem limites, insana, voraz, mortalha,

E cresce como lobos de uma matilha,

Ensangüentando minha alma, dilacera-me!

Ah! Meu sofrimento imensurável não,

Se comparam, aos ínfimos ais sofridos,

Por esse fingido primeiro homem adão.

E esses ralos carinhos que me destes,

Não passam de gotas de chuva no verão,

Enxutas pelos ventos noroeste.

Tomb
Enviado por Tomb em 11/08/2010
Código do texto: T2431257
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