Funeral

Posso, amor, sair e nunca mais voltar?

Queria que houvesse um funeral ao despertar

Dos primos raios da manhã de um só dia

Inaugurado pela chuva que alivia.

Parece que esqueceste toda a vida tão sem fim.

Parece que miraste todo o ódio sempre a mim.

Só quero entender qual é o motivo dessa mágoa;

Só quero que tu largues este vício que te mata.

Qual é o problema de viver, de ser feliz?

Qual é a tristeza que contou dentro de ti?

Vive de saudade; não te esquece da verdade

Desses dias que viveste para mim.

Vence essa vaidade; aprofundo-te a verdade

Até que juntos, pois, criemos lar feliz.

Não me nego a relevar a intolerância;

Não me nego a utilizar da jactância

Desde que essa meta seja a te ver sorrir;

Desde que os alertas não me deixem mais partir.

Pensando no futuro,

Espero não morrer até que eu veja o amanhecer

De nossa glória do futuro,

Simples glória de viver...