Rude Jardineiro

Encontrei uma linda flor, em formosura...

Já viveu entre ervas daninhas e espinhos,

Eles a despetalaram-na e a sufocaram...

Quis ar, a terra a seu redor estava seca!

De seu Criador ela lembrou e o louvou!

Ele trouxe a chuva que a dessedentou,

Soprou brisa suave, que lhe acarinhou,

Na sombra de Deus ela descansou...

Seu vigor voltou, ficou muito mais linda!

Um jardineiro a viu... E se encantou...

A lisonjeou... Prometeu cuidar dela...

Aconchegou-a num coração incerto...

O rude jardineiro num desequilíbrio,

Pois abaixo todos os sonhos puros...

Onde estão seus versos de amor?

Onde estão agora suas promessas?

Meu Deus! Meu Deus! O que fiz!

A desarmonia tomou conta de novo,

Os corações choram novamente...

Como posso ser suave e rude?!

Estou longe de ser perfeito meu Deus!

Sou rude, jardineiro de mãos grossas,

A infelicidade esta no ar e afogo-me,

Na minha imperfeição suicida de amor!

Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 27/08/2010
Código do texto: T2463409
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