Ainda quero acreditar...

Talvez pr’essa tristeza haja algum jeito

Quem sabe se eu furar em cima do meu peito

Quem sabe se jorrar sangue, devagarzinho

A raiva e a decepção saiam de mansinho

Quiçá eu tivesse tido mais prudência

E acreditado na sua demência

Louco, desvairado confundiu minha amizade

Não vejo nada em ti além de maldade

O que tenho eu a ver com a sua carência

Mostra também agora toda sua indecência

Sofri por ser mulher e amorosa

Acreditei numa vivência espirituosa

Agora fica o medo de ouvir com atenção

Já que feriu com faca o meu grande coração

Quero apenas entender esse jeito cruel

Ninguém tem culpa do seu fel

A única coisa que espero

É ainda ver as pessoas com esmero

Não é porque és carente e doente

Que todo mundo seja serpente

Como bem diz meu pai, de louco você não tem nada

Não rasga dinheiro, não se joga da escada

Merece uma boa lição pra aprender a respeitar

Gente como eu que só sabe amar...

Isabel Cristina Rodrigues
Enviado por Isabel Cristina Rodrigues em 28/08/2010
Reeditado em 05/09/2010
Código do texto: T2464054
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