Cidade Deserta
Transpondo medos e traumas
Espalhados nos telhados
Revejo a mesma dor composta em silêncio.
Como a inventora dos meus segredos
Caminho em silêncio a cidade deserta
Como se meus pés devorassem a tristeza.
E se o vento flagelasse meu rosto surpreso.
Esbarro nas portas dos lupanares fechados
Resto de copos e corpos pelo chão
Cálices vazios nos botecos
Vidas vazias diante da televisão
Sangue escorrendo nas palavras
Gritos vermelhos nos ouvidos
A violência crescendo entre a gente
Uma flor morrendo na minha mão...
E uma canção nascendo em meu peito