Loucura sem nome.

Tenho fome de poesia,

Fome de versos

De improvisos.

Tenho sede de sangue

Pelas veias vazias,

Loucura sem nome

Ora tristeza, ora alegria.

Tenho medo dos deuses

Do inferno, do céu,

Além da terra

E de seus infiéis,

Temo a sabedoria

A fúria dos menestréis.

Doe-me quando vejo

A poesia se desviar

Existem tantos poetas

E ninguém pra poetizar,

Tenho medo do inicio

E de como vai terminar

Temo que a poesia

Um dia chegue a acabar.

- E o que será de mim

Se isso acontecer?

O que será do amor

Que precisa do poema

Pra sobreviver? -

(Tenho receio que o amanhã

Não me deixa amar).