Inquietude

Derradeira noite. Um fio de vida

ainda sopra o pouco ar que lhe resta.

A fala é susurro.

Inquieta, implora por calma

minutos antes da partida.

Olhos suplicantes rogam preces

pelo que lhe resta de tempo,

pelo tempo que a espera além.

Olhos que brilham assustados,

se despedem, aos poucos desaparecem.

O corpo não sente mais; membros torpes

já não são deste mundo. Parou!

A calma vence a inquietude para sempre.

O sono profundo e eterno desliga a alma

que vai acordar em outra vida.

P’ra não lembrar que sofreu,

p’ra não lembrar que chorou.

Giovana Damaceno
Enviado por Giovana Damaceno em 01/10/2010
Reeditado em 14/03/2015
Código do texto: T2531543
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