ARREPENDIMENTO
Mefítica emanação,
Que reverbera inclemente,
De esgazeados olhos,
Atirando farpas incontinenti,
Sobre meu plácido olhar.
Sob luz bruxuleante,
Vestida de forma ultrajante,
No fundo, sinto-lhe a alma
Suplicante, em mudo pedido
Por ajuda.
Tempos de outrora esquecidos,
Dos quais resquícios de amor perdidos,
A minha mente atormentam.
Ao pensar no que você representou,
E no ser que se transformou,
Graças ao meu insensível desamor.
Agora, sou eu que choro,
Clamando por seu perdão,
Com os joelhos em chagas,
Humildemente eu lhe peço,
Aceite de volta meu coração.