Tantos poderes... Tantos!

Na fogueira das vaidades

O que arde são as imperfeições

O que impera é a iniquidade

No fogo raso das razões...

Onde a sutil delicadeza...

Fugiu pra dentro dos porões

E a essência da vil beleza

Pegou carona nos vagões...

Na fogueira das vaidades

Sobram rasteiras e peixeiras

No cardápio são servidas baboseiras

Que mutila os versos das canções...

Os tantos poderes tantos... Desgastam e Cansam

Mergulhados na fadiga dos enquantos

No duelo entre as intrigas inimigas

Que implicam com as ilusões...

Um poder que não respeita os poetas

Os amantes sem etiquetas

Cultua a inveja e o ciúme sem silhueta

Na base dos ardis e dos queixumes

Aborta do ventre a simplicidade

Dissemina o luar com a maldade

Maltrata com mentiras e inverdades

Todos os caminhos da justa felicidade

A pureza multiplicada é castrada

Cambaleia pela estrada em agonia

A natureza não derrama o amor em rebeldia

Como fosse sua hora de dourar

Ao ódio só sobrou verter seu drama

Pouco importa se ele cresce ou inflama

E pelas lágrimas sem dono aqui sofridas

Do poeta sensível ao abandono

Só restou romper passível como abono... A porta da despedida!

Duo: Enise e Hilde

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 07/10/2010
Código do texto: T2543032