O corpo onde vivo

Eu pude ver o céu abrindo-se em esplendor!

E uma chuva de anjos descendo à terra!

Mas é difícil crer em milagres nessa hora,

Onde o corpo em que vivo transborda de dor.

E uma sinfonia lúgubre paira ao redor,

Pois o céu não é pra uma pessoa derrotada,

Não é pra alguém cuja luz já se apaga,

Não é pra mim que desacredita no amor.

E com a realidade cada vez mais nítida,

É difícil acreditar na vitória da vida,

É difícil reunir o resto que sobrou.

Durmo olhando pra tudo e não querendo nada,

E se eu acordo fogo em dias de água,

É por não saber quem exatamente eu sou.

tomb

Tomb
Enviado por Tomb em 16/10/2010
Código do texto: T2560745
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.