Seco

Seco

Cada sonho perdido no vazio de uma vida

Traz à tona um imenso conflito.

Enquanto anjos tentam curar as feridas

Demônios vêm pedir abrigo.

Inerte fica perante a disputa.

Vontade era de rir, vontade era de gritar.

E o coração acostumado à luta

Só pede lagrimas para chorar.

Os olhos secos, um brilho morto

Como terra do sertão sedento.

Lágrimas seriam apenas o conforto

Dessa alma que não tem alento.

Seus amores nunca vividos,

Suas paixões jamais realizadas.

Transformam toda a sua libido

Em muito menos do que nada.

E quando o sol não mais aquece

Contempla a lua, Soberana.

Que em toda terra resplandece

Beleza igual somente a tua.

Bruno Lopes / 2005

Bon mot
Enviado por Bon mot em 22/10/2010
Reeditado em 24/10/2010
Código do texto: T2572248