Esperanças silenciosas

Ó, tão próxima! Ó, tão dista!

A flor-de-encanto bem-quista.

Olhai-me: meu pensamento escondido chora!

Beijai-me: meu ressequido langor implora!

Cativo estou da tua suave nobreza;

prisioneiro sou de tua delicada beleza.

Mas ainda que enfeixem-se em ramas os elogios,

temo não te alcançarem, como desviados rios...

Ai, que jamais este segredo será rompido!

Ai, porque jamais teu coração me terá ouvido...