NAQUELA NOITE.

Naquela noite

coriscos radiantes rasgavam a escuridão

Iluminando o negrume celeste

Formando desenhos de apreenção e medo.

Naquela noite

Meus olhos rasos d'agua

Assistiam tristonhos

Os temerários raios rasgarem o céu

Sem o temor da sua ameaça.

Minha alma ferida pelo desamor

Apertava no peito grande dor

me transportando para um mundo

Fora do mundo onde estou.

O amor. Aquele brilho radiante

Que preenchia o vázio triste do meu ser

Me fazia homem feliz, sorridente.

Me fazia ver a vida fervilhando felicidade

Se foi com aquela que inundou-me o ser com amor.

Naquela noite

Os raios coriscantes que rasgavam a escuridão

Eram o brilho do amor

Que abandonava meu ser

Relegando-me a tristeza negra do desamor.

CIÃO - 28/ 10/ 2010

Alto Passagem - MG