TRISTE LUAR

Cai a noite no cinzento cru do rio,

vem branda mas trás tanto frio,

que eu sou obrigado a lembrar,

que é o inverno lá fora, a regelar.

A tudo colhe o seu braço esguio,

muros, casas, de negrume tingiu

a mão que a cobre, sobre o luar,

sem estrelas no céu a enamorar.

E as pessoas que de longe cingiu

perguntam-se se alguém partiu,

ou se é assim, a tristeza a chegar,

de mansinho, parecendo chorar.

Jorge Humberto

09/12/10

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 09/12/2010
Código do texto: T2662785
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