TRÊS HORAS

TRÊS HORAS

Acelerava meu peito a ânsia

Ao pulsar de cada badalada

Ao chegar da hora marcada

A encontrar nessa distancia

E poder falar com elegância

Na intercalada madrugada

Eu dormia, acordava

Com alegria esperava

Àquela hora chegar

Mas se o corpo adormecesse

A alma mantinha-se acordada

No aguardo daquela chamada

E sem que ninguém percebesse

Ia ao encontro do meu interesse

Buscar a voz da minha amada

Eu sorria, sonhava

Em poesia falava

Para lhe encantar

De repente, pego de surpresa

Sem que eu entendesse nada

Nossa historia era terminada

A minha voz ficou tão presa

Água em luta contra a represa

Peito ferido pelo fio da espada

Noite fria, chorava

A sombria palavra

Veio tudo acabar

GILSON G SANTOS
Enviado por GILSON G SANTOS em 18/10/2006
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