Orgulho...

É feito um gorgulho...

Que 'bicha' o amor

É uma lápide fria

Que a tudo esfria

Resfria e contagia

Mata a magia...

Que em certo dia

Deu-nos tanta alegria

Hoje se veste de blasfêmias

Ataca machos e fêmeas

Pela vaidade e arrogância

Destrói o que já foi à paixão

Sincera e devotada emoção

Mas que agora está ali...

Jaz no caixão!

Acompanhamos o féretro

Rumo à cova do cemitério

Orgulho é impropério da alma

Cospe, escarra, joga na lama

Orgulho adora os vermes

Tudo que é fétido e estrume

Ignóbil, asqueroso e nojento

Criminoso cruel e impiedoso

Insiste e persiste

Como erva daninha

Tudo consome e engole

Estupra a pureza

É o câncer da natureza

Coleciona cadáveres

Aciona o gatilho

É rastilho de ódio

Parece dócil, mas é capadócio

Fera predadora com garras afiadas

Sedutor insinuante e perverso

Está mascarado no ócio

Peçonhento pronto para o bote...

É doutor em causa mortis

Assassino do amor!

Hildebrando Menezes

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 20/12/2010
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