Feridas Abertas.

Assassinar o que insiste em ressurgir

Num passado mais que imperfeito

Numa lembrança que massacra

De uma tristeza que sufoca

Por uma mágoa que derrota

Que oprime, que reprime, que deprime.

Sentimentos desconexos, incontroláveis!

Solidão fiel a acompanhar

Passos curtos, arrastados, no vagar.

Olhos contemplam o espelho do piso

Sonhos ficam

Não buscam a imensidão

Quebram-se pelo chão

Sem deixar arranhão

Contrastam-se às feridas abertas

Àquelas a sangrar

Sem pena

Sem compaixão.