Fúnebre Amanhecer / Berço de imundice

FÚNEBRE AMANHECER

Hoje outra rosa emurcheceu,

O céu nublado chorava

Mais um dia, e o sol não apareceu.

Nitidamente ouvia-se, o vento gritava...

O soprar nos meus cabelos escuros

Era gélido, como o meu coração.

Paro a observar o amanhecer obscuro

Ouvia a mais doce e fúnebre canção.

Soava-me ao ouvido, fatal realidade

Passava-me o frescor da liberdade...

Possuiu-me um leve e insano desejo

Deste imenso penhasco, caminhando

Ouço alguém meu nome sussurrando,

A morte, quieta, vem e sela-me com um beijo...

08/07/2006

BERÇO DE IMUNDICE

Jogados às sombras d’um triste luar

Malditos! Somos eternos seres malditos. Abandonados,

Que não conseguem encontrar

O lugar, o nosso lugar tão sagrado.

Sinta a gota do vinho escorrer

No canto da boca morta.

Na luz do luar vou me esconder

Onde sua fúnebre paz me conforta...

Nós tocamos as estrelas apagadas,

Nossas almas, agora congeladas

No véu da lua tentam se esquentar.

Do sol nos esconderemos,

Ou ao pó nós voltaremos.

Sem mais forças para enfrentar..

16/07/2006(domingo)

morbidah
Enviado por morbidah em 24/10/2006
Reeditado em 24/10/2006
Código do texto: T272135