Perder-te foi a minha perdição


Ao perder-te,
perdi os meus amores todos.

Perdi vozes esquecidas
ao lamento do tempo,
cantos nunca ouvidos
no trilar dos pássaros,
gemidos sufocados
no furor dos lençóis...
Perdi olhos e bocas todas,
todos os olhares e os beijos todos;
perdi línguas e braços todos,
todos os sugares e os abraços todos;
perdi pernas e virilhas todas,
todos os arrochos e as insônias todas...
Perdi os caminhos de flores
nos endereços da vida,
os comandos varões
na ária fêmea de mim,
o estro sensual de ti
e só me tenho a mim.

Ao perder-te,
perdi os meus amores todos...



Cabo Frio, 17 de outubro de 2008 – madrugada
3h04.
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Enviado por Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz em 14/01/2011
Reeditado em 09/08/2018
Código do texto: T2729828
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.