Hoje me deito à mesa

Hoje me deito à mesa frio

Servido com pinga e pranto

Me vi sem teu antigo acalanto

Meus olhos viraram um rio

Descobri a vida sem assovio

Tua voz sem o esperanto

Sobrou o rio e o espanto

Morreu o peito quente arredio

Agora bebam pinga de dez anos

Que previram todos os arcanos

Sou morto, só peço um marafo

Neste meu agora gélido bafo

Hoje me deito à mesa com flores

Sabendo que me tiraste as cores.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 04/02/2011
Reeditado em 04/02/2011
Código do texto: T2771373
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