O poema do sei lá.
Não me desfruto de beleza que se mostra;
Justo que eu ainda pague impostos,
Mesmo que jamais eu açoite esta dívida
Como aquela que jamais será vista;
Viva eu de tempos monótonos;
Apesar de escrever com o implorar;
De que leiam e calem;
Saber viver e matar;
Daqueles que por nada nascem;
O nosso império é árduo, povo mediano;
Leitores tolos e incoformistas;
Que se prezam,
Não queiram, por mais que impeçam.
Falar coisas que não se apresentam;
Que não interessam;
Nem que o poema tiver uma bosta;
Nem que valha uma ova
De tais que dividam o amor;
Neste poema do sei lá.
Neste poema de ninguem.