O poema do sei lá.

Não me desfruto de beleza que se mostra;

Justo que eu ainda pague impostos,

Mesmo que jamais eu açoite esta dívida

Como aquela que jamais será vista;

Viva eu de tempos monótonos;

Apesar de escrever com o implorar;

De que leiam e calem;

Saber viver e matar;

Daqueles que por nada nascem;

O nosso império é árduo, povo mediano;

Leitores tolos e incoformistas;

Que se prezam,

Não queiram, por mais que impeçam.

Falar coisas que não se apresentam;

Que não interessam;

Nem que o poema tiver uma bosta;

Nem que valha uma ova

De tais que dividam o amor;

Neste poema do sei lá.

Neste poema de ninguem.

Poet
Enviado por Poet em 30/10/2006
Código do texto: T277272