MISERICÓRDIA

Entre as visões noturnas,

Uma especial mexe com o errante Ser...

Não sabe se é real ou imaginário,

Apenas admira sem saber.

Seu coração chora...

Seus olhos se extasiam,

Com tanta beleza e simplicidade,

Que cresce no meio das pedras da cidade.

Fica a sonhar qual foi o seu passado...

“Como podia algo tão formoso,

Sufocado pelo caos da poluição,

Sobreviver sem qualquer compaixão?”

“Qual é o pesadelo em saber

Que poderá não haver o amanhã,

Pelo simples capricho do ameaçar

De uma arma e a certeira bala acertar?”

Junta suas mãos com a da frágil criatura...

Transmitindo sua energia durante uma oração...

Para que a vida dela seja melhor que a sua

E que DEUS tenha piedade... da criança de rua.

Denilson Neves Rampin
Enviado por Denilson Neves Rampin em 31/10/2006
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