A porta

Ecoa o silêncio

A esfomear o paladar.

Nem desta caneta chovem brotos de audácia,

Confinados pela mãe amedrontada com o parto

A ser tecido não somente como um quarto

E, sim, a água, o nutriente, a maresia às acácias.

A porta está trancada

Em seu equívoco, se vão meus sentimentos

A este solo impiedoso, o prantear ao firmamento

Pertencente a sua ação alavancada.

Vícios e figuras de linguagem indecentes

Dão a mim seus ares em momentos deprimentes

Coligados a adventos colossais deste meu ventre

Que é a palavra a mergulhar por minha mente.

Salvos estão meus lábios.

Intacto, por sua vez, está meu coração

Àquela dama, hoje sua dona, postulado

À incerteza do futuro, sublimado, em profusão.