Mara

Já sabemos onde estão as coisas mortas,

Estes rostos de assassinos que regressam

A explicar-nos que não fizeram nada,

Não sei bem onde por tanta tristeza.

Hoje tratemos de esquecer tanta mentira,

Não gostaria de dar-te um beijo com tanta pena

Que pressintas outra vez essas feridas,

Destilando sua dor de coisas velhas.

Mara, Mara, Mara,

Deixa-me sentar aqui

A pensar só mente em vós

A olhar em teus olhos estrelas

Maiores que o sol.

A final a vida tem este costume

De mesclar sua formula de tal forma,

Que não há quem possa chegar até o cume

Sem sofrer estritamente algumas normas.

Hoje sei bem onde estão as coisas mortas,

Não me venham com escuras bênçãos,

Só quero um beijo morno da vida

Sem recordações de tortura e ditadores.

Joaquin
Enviado por Joaquin em 28/02/2011
Reeditado em 28/02/2011
Código do texto: T2819552