*HIPOTERMIA*
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Fiz do coração um contêiner.
Depositei o forte sentimento
Encouraçado no amor e na idolatria
Icei o mastro para navegar a embarcação
Dia lindo céu radiante mostrando meu horizonte.

 
Telúrico no leme rumo norte.
Na cordial febre do almejado encontro
Emoldurei meu sorriso no enamoramento
Atraquei na terra prometida
Movido pelo o motor de uma nova vida
Mas no solo fiquei a deriva ao tempo tortuoso.

 
O paraíso ficou gélido, eu sofri hipotermia.
Sem cobertor para permanecer aquecido
O vento astuto aproximando entre o brilho do relâmpago
Mil demônios estavam ali para matar o meu sonho.

 
Sofri muito, chorei sim.
Abduziram a embarcação, abduziram planos
Sentir a dor do desgosto e tristeza n’alma
A tempestade foi inevitável e dolorosa
Entre nuvens densas
Feito um albatroz lancei o meu vôo.

 

Derramei o choro.
Como se o pólo norte estivesse derretendo aumentando
O nível do oceano na atmosfera aguerrida
Hoje aprendi muito sobre o amor
A importância de amar e ser amado
O amor me purifica faço de sua beleza minha pátria.

 
Este coração está historiado.
Ele sintoniza a vida, o sol há de brilhar pra mim
Não desisto nunca, aos pés de Eros jurei um grande amor


Afirmei, não pequei, não ludibriei
Por isso Eros não me recriminou
Pediu para Netuno
Lavar em suas águas o meu desamor.
 
Sam Moreno.
 

SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 05/03/2011
Reeditado em 05/03/2011
Código do texto: T2830690
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