Vida indesejada pelos vermes
Vida indesejada pelos vermes
Nasci para os espinhos
De um tempo destruído
No espaço indesejado
No cadafalso da vida
Brisas ardidas
Que penetram em minhas narinas
Que me faz fechar os olhos
Para as ilusões gostosas da vida
Ando no terreno arenoso
Onde tudo que se constrói se decai
Perdendo a confiança
De um novo olhar
Jogado no oceano
Sem um bote salva -vidas
Nadando sozinho... para ter um cotidiano
Desejado pelos vermes
Olhos fundos e tristes
Olham para o horizonte
E nada mais vê
Do que a aurora destruída.
Marcelo dos Santos Gonçalves