Carta a DEUS

Não sabia aque precisava tanto falar com ele;

Mas falar não está adiantando.

Não sei se estou louco, e se estiver,

Que eu morra tentando.

Deus de onde me veio?

Estes pensamentos insanos,

Creio eu que seja da minha tristeza,

Estou farto de não se passarem os anos...

Por que a morte está longe assim?

São tantas perguntas sem respostas,

Por que me fazes assim para os outros,

Mero motivo de anedotas...

Eu não falo aquilo que desconheces,

Pois bem escrevo o que é correto,

Deus meu, Deus da idade,

Arrebate-me e a ela com estrépito.

Eu não mais aguento as pessoas,

E com ela suas rebeldias,

Prefiro tampouco a mentira do tolo,

Que se vem com sua estadia.

Talvez um animal, quisera vós ser eu,

Então alguém demasiado fraco demais,

Para calçar os pés com suas próprias meias,

Que com mãos alheias se pendura nos varais.

Se acaso leres isto,

Se por uma eventualidade quiseres excelência,

Me objetivo, me condiciono, e morro,

Por plena justiça e incompetência.

Poet
Enviado por Poet em 06/11/2006
Código do texto: T284062