Silêncio das almas

Vejo no espelho do amanhã

Uma multidão que caminha...

Gente em todas as direções,

Almas vazias... Nenhum grito,

Nada de toque, tudo se cala,

Nem mesmo o som de rock.

Corpos inertes, vida sem vida,

Andróides humanos, sem lágrimas

Conduzidos na desesperança,

O amor ausente, sem raízes,

A fonte de busca já não existe,

Deixou-se acabar o amor,

Ignorou-se a terra mãe,

Tudo se perdeu tudo se foi...

Nada de família, Irmão ignorando irmão,

Nem amigos, nem partilha,

Só o silêncio das almas...

Uma multidão caminha,

Marcha entre corpos gelados,

Sem vida, sem calor.

O fogo da existência se apagou

Seres apáticos, sem sonhos

Em que direção irá?

Mas levam consigo as tragédias

Que já não são surpresas,

Só a garantia... A fatídica certeza:

Do silêncio das almas...

Tete Crispim
Enviado por Tete Crispim em 11/03/2011
Reeditado em 11/03/2011
Código do texto: T2841244
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