Envergonho-me
Olho-me; envergonho-me...
Sei que se soubessem a minha verdade
Desprezar-me-iam feito um cachorro de rua
(Minha família e meus amigos)
Para onde fui?
Onde está o homem confiante?
No lugar dele, esse amontoado de merda.
Esse covarde sem honra, sem força e sentido
Com um grande fardo a martelar o crânio.
Nem ao menos possui dignidade pra dormir
E ainda finjo ser alguém decente...
"Quando ainda é dia apenas sou boneco
De sorriso morto, de expressão demente
É no quarto triste, de escuro teto
Que meu peito morre junto com minha mente"