Envergonho-me

Olho-me; envergonho-me...

Sei que se soubessem a minha verdade

Desprezar-me-iam feito um cachorro de rua

(Minha família e meus amigos)

Para onde fui?

Onde está o homem confiante?

No lugar dele, esse amontoado de merda.

Esse covarde sem honra, sem força e sentido

Com um grande fardo a martelar o crânio.

Nem ao menos possui dignidade pra dormir

E ainda finjo ser alguém decente...

"Quando ainda é dia apenas sou boneco

De sorriso morto, de expressão demente

É no quarto triste, de escuro teto

Que meu peito morre junto com minha mente"

Maurício Ravel
Enviado por Maurício Ravel em 12/03/2011
Reeditado em 13/03/2011
Código do texto: T2842855
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