Réquiem para um coração de cristal

Eles jazem despedaçados

Nas cinzas, no pó

Os teus filhos amados

Almas cedo condenadas

Pelas mãos de quem o mundo prometeu

Num torpe tapa do destino

A morte reside no ventre vazio

Outrora cheio de vida e calor

Só lhe resta agora a sua sina

O silêncio na eternidade

As bonecas esperam alguém

Pra lhes trocar a roupa, pentear o cabelo

Lhes acompanham as armaduras da batalha perdida

As paredes choram sua solidão

E nada vive no inferno

Nada se cria da dor.