Solidão

Procuro algo,

Não sei o que

Que me traga ânimo

Mas tudo parece se esconder

Passam os carros

Passam as pessoas

Passa a vida

Que vida? Essa que me enjoa.

Procuro algo,

Pode ser ilusório

Que não me machuque

Talvez, algo simplório.

Pra que luxo?

Pra que incandescência?

Pode ser simples

Contudo, com inocência.

Rasga a alma

Suga suspiros

Não de emoção

Mas de assuntos fugidos.

Desnuda a vida

Nada a enfeitar

O cérebro compila

O que imaginar?

Seria ela que morre?

Pra que então a esperança?

Por isso venha e me console

Já que a última morre.

Ela não morre!

Ele tem o que compilar

A prova é o que lê

Pra solidão não há lugar.

Leandro Meira

Lerzin
Enviado por Lerzin em 10/11/2006
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