COMO SOFRI AS TUAS...

Como sofri as tuas vis esquivanças,

Meu coração turbou-se odioso,

Fiz lançar por terra as esperanças

De te reaver, sonhar de novo.

Não é assim que se trata um amor,

Que dormiu confiante ao teu lado,

Sem receio de um dia a dor

O fazer sentir apunhalado.

Teu silêncio é uma acerba afronta

A todos os anos e momentos singelos,

Dei-te as minhas costas, alma tonta,

Pus os meus pés em teus chinelos.

Foi a minha áurea em tua toalha,

E o meu suor mesclou-se ao teu,

Agora sinto o fio da navalha

Decepando um sentimento meu.

Mas ao menos pudesse eu entender

O que nos levou para tão longe,

Um vento nume, ou algum sábio ser,

Nos levara agora não sei pr´aonde.

E agora convivo contigo absente,

Nas minhas dores, as lembranças,

Nas lembranças, olhar inocente,

Neste olhar fluiam esperanças.

Triste fica o coração magoado

Os teus jogos, o meu perdão

Das tuas ofensas de pecado

Por não poupar meu coração.

Mas se esta frondosa relação

Cujos ramos se encheram de frutos,

Chega ao fim, a poda, vem ao chão,

Que dizer do ramo seco, dos brutos!?!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 01/04/2011
Reeditado em 15/05/2011
Código do texto: T2883457
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