A MORTE DO CHORO

Mas tu não choras, bucólica menina!

Nem sentes lembranças lancinantes

Dos momentos bonitos da rotina

Que fazem corações palpitantes!

Tu não choras, marmórea alma,

Dos seios alabastrinos escuros,

Intacta no lugar, inerte calma,

Calma de descabidos futuros!

Que dizes tu, dos sentimentos meus

Que nos meus olhos tristonhos

Se exprimiram sinceros, um adeus,

Quando me refugio em sonhos?

Que pensas mesmo em tua cabeça,

Sem perceber cismativos ideais

Que adejam em nuvem espessa,

Por não regressar jamais?

Mas nem nisso puseste o coração:

Sobre o dia sem sol e lua,

Sem brilho constelação

Sem a vida em casa tua.

Sem os planos de outrora

Que sonhamos juntos viver,

Cada dia, cada aurora,

Cada lindo amanhecer!

Mas não choraste, como chorei eu,

Não sentiste como senti a dor,

Todavia o choro morreu

No lugar vive um novo amor!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 02/04/2011
Reeditado em 02/04/2011
Código do texto: T2885325
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