Taciturno

Minhas palavras partiram para não mais voltar

A minha genialidade deixou-me a sós comigo

Em que janelas, em que escadas fartas de verdete

Se esconderam, que não as vejo procurando.

Sou só isto que é o nada que é tudo

Estou doente de mim mesmo, a mim me farto

Vou pelas ruas da amargura procurando um navio

A quem possa dizer adeus como se diz

[adeus a quem parte.

E nem um sorriso sequer me procura

Deito-me doente de estar tão doente

E não fora alguns amigos que não me deixam

E o suicido parecia-me o mais correcto.

Mas tenho de continuar a minha luta

Acreditar que melhores dia inda hão-de vir

Minha poesia ressurgirá vinda do nada abstracto

E eu subirei montes daqueles que só se sobem.

Jorge Humberto

11/ 11 / 2006

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 11/11/2006
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