Cálice de Sangue

Quantas vezes você me matou

Quantas ainda matará?

Revolta, dor,

Punhal de prata

Ou de ouro

Não importa

Facada nas costas

Meu coração sangrou

Esquentou, derreteu

Mas como a era do gelo

Gelou

Mumificou em gotículas

Mudou

Em mim tudo mudou

A dor foi sem fim

E no sem fim teve um fim

Iceberg batendo

Nos blocos de gelo

Onde afoguei a paixão.

Nada mais será o mesmo

Nada mudará no meu enterro

Saúda minha morte

Com um cálice de sangue.

Ria do sofrimento

Finja que não humilha

Finja que é mentira

Atura...

O jogo começou

Guerra fria renasceu

A Era Glacial aconteceu

Aguarde o ranger dos dentes

Eu porém vou

Completamente armada

E agasalhada

Terá o meu desprezo

Morre, treme e geme

com a tua dor.

Nojento!

Rose de Castro

A ‘POETA’

Rose de Castro
Enviado por Rose de Castro em 14/11/2006
Reeditado em 14/11/2006
Código do texto: T290598