Cálice de Sangue
Quantas vezes você me matou
Quantas ainda matará?
Revolta, dor,
Punhal de prata
Ou de ouro
Não importa
Facada nas costas
Meu coração sangrou
Esquentou, derreteu
Mas como a era do gelo
Gelou
Mumificou em gotículas
Mudou
Em mim tudo mudou
A dor foi sem fim
E no sem fim teve um fim
Iceberg batendo
Nos blocos de gelo
Onde afoguei a paixão.
Nada mais será o mesmo
Nada mudará no meu enterro
Saúda minha morte
Com um cálice de sangue.
Ria do sofrimento
Finja que não humilha
Finja que é mentira
Atura...
O jogo começou
Guerra fria renasceu
A Era Glacial aconteceu
Aguarde o ranger dos dentes
Eu porém vou
Completamente armada
E agasalhada
Terá o meu desprezo
Morre, treme e geme
com a tua dor.
Nojento!
Rose de Castro
A ‘POETA’