Revolta da natureza.

Quando o mundo gira, tudo gira, nada gira.

Quando tudo treme, o mundo geme e nada teme.

Quando cai a chuva, dor profunda, oriunda, tudo inunda.

Corretenzas se alastram, formando rios sem fim.

O terror toma conta, tudo se desmorona,

sem ao menos adeus dizer.

Vidas se apagaram, mortes se propagaram.

A revolta da natureza, nos pega sem defesa.

Hoje ilhado estou, e vejo, ao longe

apenas um teto que restou.

Triste introspectivo penso:

Para onde irei? Com quem ficarei?

Não quero mais a minha casa contruída

onde minha prole esta embutida.

Não quero tripudiar, não quero pisar,

em cima de quem nunca deixarei de amar.

Velto Silva
Enviado por Velto Silva em 19/04/2011
Reeditado em 06/12/2017
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